quarta-feira, 14 de maio de 2008

Depoimentos de superação

"Histórias de superação e confiança na instituição, mais doquê qualquer mal que venha nos assustar, é importante ter ao nosso lado amigos , família e uma equipe competente que não nós deixe desistir da luta pela vida, palavras de amor, carinho, conforto, incentivam os " doentes" a lutar e procurar métodos para administrar a doença que também atinge o psicologico e o emocial !"
Dedicaremos este espaço para post de histórias de Superação e confiança:
Compartilhe a sua, todos nós tivemos um dia que superar traumas e confiar um pouco mais em nós mesmos , seguir na estrada da vida e vencer obstáculos.
Para que sua história seja publicada, envie para Patrícia Manfredo





Depoimentos:
Superação e confiança: Fernanda de 10 anos “Quero ser cantora quando crescer”
Fernanda Linhares de Lima, 10 anos é lá do Maranhão, há três anos veio morar com a avó materna Dona Lourdes em Lagoa da Prata. No Maranhão ficaram seus pais e quatro irmãos. A avó conta que Fernanda é uma menina muito alegre, extrovertida e brincalhona “ela está sempre a correr de um lado para o outro, conversa igual gente grande e é muito esperta” comenta.
Fernanda conta que gosta de brincar de casinha com as amiguinhas e de cantar no coral da igreja que freqüenta, “quero ser cantora”.
Mas, no final do ano passado a vida da menina mudou de repente. Fernanda começou a se sentir mal, “ela ficou descorada, sem apetite, com febre e os olhos inchados” comenta a avó. Foi então levada ao Posto de Saúde, alguns exames foram marcados, mas, pela proximidade das festas de final de ano, os exames só foram realizados em meados de janeiro. O médico diagnosticou pneumonia, a menina foi medicada, não adiantou, Fernanda continuou passando mal, chegando a ficar internada. A febre não passava, então a avó levou a menina em um médico na cidade vizinha de Arcos, por indicação de um amigo, pois a febre persistia por um mês. Foram feitos mais alguns exames, foi diagnosticado sinusite, mais medicação. Após alguns dias Fernanda começou a sentir fortes dores nos braços. Depois de passar pelo terceiro médico foi então diagnosticado leucemia. Fernanda foi então encaminhada para Divinópolis e começou seu tratamento no Hospital do Câncer no dia 26 de março.
A mãe da menina Iraci que ela não via há três anos veio do Maranhão para acompanhar o tratamento e apoiar a filha. Durante o período de internação a mãe e a avó ficaram no Hospital todo o tempo. Carinhosamente a mãe de Fernanda a chama de mãezinha.
O que Fernanda mais quer quando sair do Hospital é brincar com os irmãos que vieram com a mãe e os primos que moram em Lagoa da Prata.
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Paciente Sheila visita Administração da ACCCOM e conta sua história Sheila Duarte Silva, 31 anos, terminou seu tratamento no Hospital do Câncer em janeiro deste ano. Ela esteve presente na sede administrativa da ACCCOM para prestigiar o lançamento da campanha “Mãos à obra, a luta continua”, que tem o objetivo de conseguir recursos financeiros para a 3ª fase da expansão do Hospital do Câncer. Durante evento, Sheila contou sobre sua luta e persistência durante o tratamento de um câncer no cérebro e que teve que se submeter a 4 cirurgias, várias sessões de quimioterapia e radioterapia. Ela conta que sentia dores fortes e constantes na cabeça, que chegaram a prejudicar sua visão. “Eu tomava 10 comprimidos de analgésicos por dia, era normal pra mim, como se eu estivesse bebendo água. Fiz vários eletros que nada acusaram. Foi só com a tomografia que os médicos constataram um tumor no lado frontal do cérebro. Fui internada e fizeram biópsia para ver se era maligno,” relata. Dez dias depois Sheila foi para Belo Horizonte para a retirada do tumor e ela diz que hoje, passados 1 ano e 8 meses de tratamento, está bem e confiante no futuro. “Minha vida é normal. Faço academia, trabalho e passei recentemente no vestibular para Pedagogia e as aulas começaram em fevereiro. Com relação ao tratamento, me sinto agraciada por Deus e pelos doadores da ACCCOM pela vitória”. A paciente elogia o atendimento da Associação e comenta que todos os funcionários são muito bem preparados e gentis. Ela reconhece ainda a importância das obras de expansão do Hospital do Câncer. “O número de pacientes cresce muito, todos os dias o hospital está cheio, por isso a necessidade de aumentar a capacidade de atendimento também. Pois, com um tratamento cansativo como esse, nada melhor que a comodidade de se tratar perto de casa”, finaliza.
ACCCOM = Amor Depoimento de Luiz Carlos Souza Lima, da cidade de Formiga



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Ao completar 18 anos, Luiz Carlos de Souza Lima, o Luizinho, como é chamado por todos, descobriu que estava com um Linfoma de Hodgkin*, um tipo de câncer. Foi um choque para um garoto que tinha tudo pra comemorar a maioridade, cheio de alegria, agora se deparar com algo tão inesperado. Ele diz que chorou muito, por quase três dias, mas que hoje superou a doença e está muito bem. "Quando eu tinha 17 anos comecei a sentir muita dor no corpo e falta de ar, mas nunca ia ao médico. Estava no 1º ano, cheio de vida e numa bela manhã apareci com um caroço debaixo das axilas e não sabia que podia ser um tumor. Meus amigos ficavam perguntando o que era aquilo e eu respondia que não era nada, só comentei com uma amiga que me falou pra não preocupar que não iria ser nada. Fui pra casa e comecei a ir ao Posto de Saúde, mas era muita burocracia. Então resolvi falar pra minha mãe que iria ao médico. Fui ao Pronto-Socorro e o médico que estava atendendo me encaminhou para outro médico amigo dele que me analisou e pediu uma tomografia. Naquele tempo, meu pai estava desempregado e, graças a Deus, eles conseguiram agendar pra mim pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O médico viu o exame e falou que eu estava com um linfoma, mas não quis explicar bem o era e disse que iria me encaminhar pra ACCCOM e que lá me explicariam melhor. Descobri que era câncer quando estava fazendo 18 anos. Esta data para os jovens é sinal de vitalidade, alegria. Para mim foi uma data difícil, onde não tinha muito que comemorar, pois descobri que tinha câncer. Chorei muito até entender. A Dra. Aline Lauda disse que o meu caso era Linfoma de Hodgkin. Tive que fazer quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Sou uma pessoa que não preocupo, mas no começo fiquei balançado. Meu cabelo caiu pouco, mas quem caiu os cabelos mesmo foi minha mãe e meu pai que ficaram muito preocupados. Mesmo com o tratamento, continuei estudando. Passei por preconceitos, mas também muitas pessoas me apoiaram, pude ver que sou querido, que tenho muitos amigos que me ajudaram neste momento difícil e toda vez que eu estava triste, fazia uma oração pedindo a Deus que me desse força. E me lembro que logo aparecia em minha casa um colega para me visitar ou chamar pra sair. É importante encarar a doença com tranqüilidade e não deixar de prevenir. Todo mundo pensa que a pessoas que tem câncer vão morrer, mas não é bem assim, tem cura. Defino a ACCCOM com uma palavra: amor, sentimento que foi transmitido com sinceridade a mim. Eu não era mais um paciente da Associação, eu era o Luizinho. Fui tratado com diferencial, acho que a maioria das pessoas que trabalham na ACCCOM é porque gostam. O câncer é um desafio, mas desafio que pode ser superado. Hoje, quando vejo um novo paciente, procuro contar minha história e através dela levar conforto e esperança."
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*Linfoma de Hodgkin: A Doença, ou Linfoma de Hodgkin, é uma forma de câncer que
se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto
por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que
conduzem estas células através do corpo. Esta doença pode ocorrer em qualquer
faixa etária; no entanto, é mais comum na idade adulta jovem, dos 15 aos 40
anos, atingindo maior freqüência entre 25 a 30 anos. A incidência de novos casos
permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi
reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 70 devido aos avanços no
tratamento. A maioria dos pacientes com Doença de Hodgkin pode ser curada com
tratamento atual.


Fonte: INCA (Instituto Nacional de Câncer)
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“Vi o carinho com que todos me tratavam e lutavam pela minha vida, criei coragem e encarei de frente esta doença” Maísa Ferreira é uma jovem de 20 anos. Nascida no município de São Thiago, ela e o marido vieram morar em Divinópolis no ano passado, devido a uma proposta melhor de trabalho que ele havia recebido. Antes de se mudar, Maísa percebeu um pequeno caroço no pescoço e ficou preocupada. Ao chegar em Divinópolis, resolveu procurar um médico. “Como meu caroço foi aumentando, marquei uma consulta com Dr. João Marcos. Ele fez uma biópsia que constatou um linfoma nesta região”, explica. No início, Maísa ficou bastante abalada, mas conta que com o tratamento no Hospital do Câncer, tudo ficou mais fácil. “Tive dificuldade para aceitar o câncer, mas quando cheguei ao hospital e vi o carinho com que todos me tratavam e lutavam pela minha vida, criei coragem e encarei de frente esta doença”. Após 16 sessões de quimioterapia, 23 de radioterapia e uma cirurgia para retirada do linfoma, Maísa hoje está praticamente curada e faz apenas o acompanhamento de rotina todos os meses. Atualmente faz parte dos conselheiros da ACCCOM. Ela ressalta que a sua força foi muito importante neste período, mas que se não fosse a ACCCOM de nada adiantaria e por isso, agradece a todos pela ajuda. “Agradeço de coração. Não tenho nada a reclamar do tratamento, só pedir a Deus que continue iluminando a todos”, termina.
será um prazer publicar a sua história, envie para
e-mail-patriciamanfredo@gmail.com

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